O catarinense Esperidião Amin integrou o grupo que buscou negociar tarifaço
A comitiva formada por oito senadores brasileiros encerrou ontem a agenda de compromissos nos Estados Unidos, onde buscou negociar o fim ou, ao menos, o adiamento da tarifa extra de 50% sobre produtos brasileiros, prevista para começar a valer amanhã.
Em coletiva de imprensa que marcou o encerramento da missão, os parlamentares fizeram um balanço da viagem e admitiram que não houve avanços concretos capazes de indicar um recuo imediato da medida.
Apesar da falta de resultados práticos, os senadores destacaram que a viagem serviu para abrir canais de diálogo e estabelecer pontes para futuras negociações. O grupo, que contou com a participação do senador catarinense Esperidião Amin, manteve reuniões desde segunda-feira com empresários, representantes da Câmara Americana de Comércio e parlamentares tanto do Partido Democrata quanto do Partido Republicano.
Mesmo sem sinais claros de reversão da tarifa, os parlamentares demonstraram esperança em relação a um possível adiamento ou a acordos setoriais.
Entre as alternativas discutidas, foi citada a possibilidade de isenção para produtos que não são cultivados nos Estados Unidos, como o café e algumas mercadorias perecíveis. A ideia foi mencionada pelo secretário de Comércio norte-americano, Howard Lutnick, como uma forma de minimizar os impactos da nova taxa.
Para Esperidião Amin, a missão conseguiu, ao menos, sensibilizar autoridades e empresários americanos sobre os prejuízos que a sobretaxa pode causar a ambos os países.
“Nosso clamor para que haja uma prorrogação desse prazo, que é um prazo absurdo, ganhou eco em todos.
Os empresários reconhecem que anunciar uma sobretarifa para vigorar em apenas 20 dias é praticamente fechar a porta para qualquer negociação”, disse o senador.