Claudir Bitencourt gravou vídeo nas redes sociais e registrou provas em cartório
O prefeito de Capivari de Baixo, Claudir Bitencourt (PL), divulgou um vídeo nas redes sociais, na tarde de ontem, em que acusa a vereadora Heloísa Cardoso (MDB), da oposição, de ter condicionado apoio político na Câmara Municipal à concessão de cargos comissionados.
Segundo o prefeito, a parlamentar teria solicitado a nomeação de dez pessoas, entre elas o próprio marido, indicado para o cargo de médico responsável técnico do município. Claudir afirma que as supostas conversas e ameaças foram registradas e autenticadas em cartório.
A representação sobre o caso já foi encaminhada ao Ministério Público, mas ainda não foi tornada pública. De acordo com o prefeito, o documento deverá ser divulgado apenas após a formalização da denúncia, o que deve ocorrer até sexta-feira.
Claudir Bitencourt declarou ainda que, desde que recusou a proposta, vem sendo alvo de perseguição e retaliações políticas por parte da vereadora. Ele citou como exemplo a abertura da Comissão Especial de Inquérito (CEI) recentemente instalada na Câmara Municipal.
Em resposta, Heloísa Cardoso afirmou, também pelas redes sociais, que está tranquila e que “sempre agiu com verdade e transparência”. A vereadora se manifestou na noite de ontem em um vídeo publicado em suas redes sociais. Ela afirmou que o diálogo divulgado pelo prefeito se refere a uma promessa feita por ele antes das eleições municipais e explicou que, na época, Claudir teria garantido espaço na administração aos vereadores que apoiassem sua candidatura e fossem eleitos, e afirma que Claudir rompeu o compromisso após ela adotar uma postura crítica em relação à gestão. A vereadora ainda prometeu acionar a Justiça em razão da divulgação das mensagens.
Inquérito
No dia 13 de setembro, Heloísa Cardoso, junto com os vereadores Fernando Oliveira da Silva Júnior (PSDB), Aurimar da Silva (Republicanos) e Cariny Figueiredo (Republicanos), protocolou um pedido para investigar suposto conflito de interesses e uso indevido de recursos públicos em licitações da prefeitura. A proposta foi rejeitada por seis votos a quatro.
Na última quinta-feira, porém, a Câmara de Capivari de Baixo foi obrigada a instalar a CEI após decisão liminar da juíza Flávia Olegário de Carvalho, da Vara da Fazenda Pública de Tubarão. A comissão vai apurar contratos firmados pela administração municipal e terá prazo inicial de 90 dias, prorrogável por mais 45 dias, se necessário.