Assim que Ayla nasceu, foi imediatamente colocada para o contato pele a pele com a mãe
Mesmo diante da gravidade do quadro clínico de Rosana, acompanhada pelo ginecologista e obstetra Saron Calegari, a equipe adotou medidas sensíveis para preservar o vínculo entre mãe e filha. Assim que Ayla nasceu, foi imediatamente colocada para o contato pele a pele com a mãe, mesmo antes da internação na UTI.
O cuidado continuou no ambiente da Unidade de Terapia Intensiva adulto, onde a recém-nascida era levada para ser amamentada diretamente no colo da mãe. Esse gesto, além de garantir o aleitamento materno, fortaleceu o elo afetivo entre as duas em meio à instabilidade do momento.
Somente após esse contato crucial, Ayla retornava ao quarto da maternidade, onde permanecia sob os cuidados da equipe de enfermagem, dos médicos e da avó materna.
Em cada momento da amamentação, Ayla era novamente levada até a UTI, numa rotina delicada, porém repleta de afeto e compromisso com o bem-estar físico e emocional da mãe e da filha. Esse cuidado humanizado foi essencial para garantir que, mesmo separados por circunstâncias médicas, o amor e a conexão entre Rosana e Ayla jamais fossem interrompidos, afirma a equipe do HNSC.
Síndrome
A síndrome HELLP é considerada uma forma grave de pré-eclâmpsia. Não há uma forma garantida de preveni-la, mas o pré-natal regular é a melhor forma de monitorar riscos e agir com rapidez diante de qualquer alteração.
Segundo a médica obstetra Carla Favaro Lemos, a pré-eclâmpsia é uma complicação grave da gestação caracterizada por hipertensão arterial e sinais de disfunção de órgãos, especialmente após a 20ª semana de gestação.
É uma das principais causas de morbimortalidade materna e perinatal, e pode evoluir para quadros graves como eclâmpsia, síndrome HELLP e descolamento prematuro de placenta. A hipertensão crônica, diabetes mellitus e obesidade são alguns dos fatores de risco.