Cantor e poeta, Raul Silter lançou no domingo o single “Ninguém Morreu”
Intensa, crua e direta. “Ninguém Morreu” é a nova música do lagunense Raul Silter. Músico, compositor, cantor e poeta, o artista traz um single com uma mensagem visceral, com versos cantados de forma ritmada, sem abrir mão da profundidade e da reflexão.
Um som totalmente diferente do que havia apresentado até então e que não vai passar despercebido. “Ela é pesada. É sensível. Tem ritmo, swing e poesia. Sou eu em cada vírgula. Uma tradução de quem eu sou, de fato, que aponta para onde vou musicalmente”, revela.
O som foi lançado junto com um videoclipe no domingo e está disponível em todas as plataformas digitais. A ideia inicial da música nasceu como uma resposta à canção “Abundamente Morte”, do músico Luiz Melodia, uma das referências de Raul.
Mas foi com o improviso que o processo criativo ganhou corpo e identidade. A maior parte da composição surgiu de um freestyle na primeira reunião com o produtor Paulo Pfuzen. “Apresentei a música para ele no violão. Então, começamos a fazer uma jam gravada, eu na voz e ele na guitarra. Fui cantando e comecei a improvisar. Gravamos por 30 minutos ininterruptos. Quando ouvi em casa, vi que tínhamos o som”, conta o compositor, que tem o movimento hip-hop como inspiração desde a infância, quando já versava pelas calçadas de Laguna.
É por isso que “Ninguém Morreu” imprime uma nova fase de Raul, em que o artista mostra diferentes lados da própria personalidade, quem ele é, o que acredita, além de misturar inspirações como Chico Science & Nação Zumbi, Jards Macalé e Racionais MC’s.
“Vivi muitos momentos difíceis na vida e dou vazão a isso através da arte. Essa música foi uma construção linda. Faz parte desses últimos anos de amadurecimento, de aceitar o peso das dores e falar sobre isso, e não fingir que nada aconteceu. Agora, quero gritar, cantar e rimar”, acrescenta.
Livro em julho
Raul Silter, que também é poeta, lança em julho o primeiro livro de poemas, intitulado “Passagem”. Na obra relata a própria vida, passeia pelas ruas do bairro e traz a poesia das pessoas da comunidade.