Os armazenenses viajaram de motorhome por mais de 350 dias
Depois de 356 dias na estrada, cruzando fronteiras, superando desafios e colecionando experiências únicas, uma família de Armazém, no sul de Santa Catarina, finalmente alcançou seu grande objetivo: chegar ao Alasca, nos Estados Unidos, a bordo de um motorhome. Foram mais de 40 mil quilômetros percorridos e 14 países atravessados até alcançar o extremo-norte do continente americano.
A jornada, que uniu aventura, convivência familiar e descobertas culturais, tem sido compartilhada passo a passo nas redes sociais pelos integrantes da família. Para o comandante Volney Sousa, líder da expedição e motorista do motorhome, o destino final é um espetáculo à parte. “Aqui o sol não se põe. Fica claro o tempo todo. No começo foi estranho, mas agora já nos acostumamos. A gente fecha bem as cortinas e consegue dormir tranquilo”, relata.
Entre os pontos visitados no estado mais remoto dos EUA, um pequeno vilarejo à beira de um lago encantou a todos. Com pouco mais de 3 mil habitantes, a cidade foi descrita como “acolhedora e tão bonita que deu até vontade de morar aqui”.
A experiência também coincidiu com a celebração do Dia da Independência dos Estados Unidos, no último dia 4 de julho. Nessa data, a família participou de uma curiosa tradição local: o evento em Glacier View, próximo a Anchorage, onde carros antigos são lançados de penhascos em meio a aplausos e gritos da multidão. A prática, que mistura humor e espetáculo, é símbolo das comemorações no Alasca há mais de duas décadas.No entanto, nem tudo foi paisagens deslumbrantes e festividades exóticas (leia a matéria ao lado).
Os desafios na estrada
A mãe da família, Ana Rosélia Araújo, destacou um dos obstáculos mais frequentes enfrentados ao longo da viagem: conseguir gás de cozinha. “Teve lugar que rodamos bastante até conseguir. Sem o gás, não conseguimos cozinhar, então era sempre uma preocupação a mais nas paradas”, comentou.
Além disso, o motorhome, que também serve como casa, precisou de adaptações ao longo do caminho, especialmente em locais com temperaturas extremas. O isolamento térmico, os cuidados com a energia e o abastecimento de água potável foram alguns dos detalhes que exigiram atenção redobrada.
Para eles, mais do que turismo, a viagem se transformou em uma vivência de aprendizado, convivência e contato direto com culturas, paisagens e realidades diversas.
Retorno
Com o objetivo principal cumprido, a família agora se prepara para encarar o percurso de volta ao Brasil. A previsão de chegada está entre março e julho de 2026, mas o trajeto não será simplesmente uma repetição. A intenção é seguir descobrindo novos lugares.
O roteiro, segundo o comandante Volney, segue aberto. “Não queremos ter pressa. Queremos viver o caminho com a mesma intensidade.”, afirmou.
O instagram da família é @horadepartirbr.