Izabel Kindermann, a Bela, percorre as comunidades em ação da prefeitura
Uma ação delicada, mas profundamente significativa tem aproximado, emocionado e fortalecido mulheres em diferentes comunidades de Gravatal. A professora aposentada Maria Izabel Kindermann Corrêa Mendonça, mais conhecida como Bela, atua como contadora de histórias e tem promovido encontros marcados por lembranças, risos e reflexão junto aos grupos de mulheres coordenados pela Secretaria de Assistência Social.
Atualmente, 21 grupos de mulheres são acompanhados pela Assistência Social do município, sob coordenação de Kátia Zanelato, reunindo aproximadamente 280 mulheres.
A ideia de trazer a contação de histórias surgiu da percepção de Kátia sobre a necessidade de estimular a criatividade, a expressão oral e o fortalecimento de vínculos entre as participantes. “As histórias despertam lembranças, criam conexões e trazem um momento de imaginação e leveza para essas mulheres”, explica.
Bela atua como voluntária neste projeto e, também, empreende no setor cultural apresentando-se em diversos espaços culturais e sociais do município. Usa recursos visuais, sonoros e corporais para dar vida às narrativas. “Uma das histórias que mais repercutiu entre o grupo é a de três senhoras que, entre esquecimentos e confusões cotidianas, provocam risadas e reflexões sobre o envelhecer com humor e dignidade. Essa história faz com que elas riam, lembra a infância, os avós, as antigas professoras. Elas pedem por mais momentos assim”, conta Kátia.
Canto e dança
Segundo a coordenadora, a interação do grupo com a contadora tem crescido a cada encontro. “Algumas mulheres ainda demonstram certa timidez ou dificuldade de concentração no início, mas depois vão se soltando, cantam, dançam, compartilham suas próprias histórias”, relata. No encerramento, a atividade ganha um tom ainda mais descontraído com música e coreografias simples.
Bem-estar
Para a secretária de Assistência Social e Habitação, Jaquelini Medeiros Fernandes, iniciativas como essa reforçam o papel da política pública na promoção do bem-estar e da cidadania. “É uma forma de acolher, valorizar e empoderar essas mulheres por meio da arte e da escuta”, afirma.
Com resultados visíveis na autoestima e na união dos grupos, a proposta tem tudo para continuar. E, como bem destaca a coordenadora Kátia, “às vezes, é numa história que a gente encontra o que faltava para se sentir em casa, mesmo longe do lar”.