Ela é acusada pelo ex-namorado italiano de integrar uma seita de mulheres que engravidam para tentar ganhar dinheiro de pensões alimentícias
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania divulgou uma nota de repúdio às declarações "misóginas, xenofóbicas e discriminatórias" contra a tubaronense Barbara Zandômenico Perito, acusada sem provas pelo ex-namorado italiano de integrar uma seita de mulheres que engravidam para tentar ganhar dinheiro de pensões alimentícias.
No texto, o órgão do Governo Federal prestou solidariedade à brasileira e informou que acompanha o caso com atenção e que está em "articulação com os órgãos competentes".
O caso ganhou proporção quando Nunzio Bevilacqua, advogado e empresário com negócios no Brasil, foi à imprensa italiana dizer que a gravidez da ex-namorada seria fruto de orgias e ritos satânicos. Nunzio envolveu no roteiro membros do Ministério Público de Santa Catarina, grupos religiosos, médicos, políticos e até mesmo os familiares de Barbara.
A professora de português para estrangeiros de Tubarão, nega a acusação.
Na nota, o ministério também destacou que as acusações "reverberam discursos misóginos, xenofóbicos e marcadamente carregados de intolerância religiosa, que impactam não apenas a vítima direta, mas também a imagem e a dignidade da comunidade brasileira residente na Itália — em especial as mulheres migrantes".