Bom dia, boa tarde, boa noite, conforme a ocasião.
O que está acontecendo com nossa comunicação pessoal?
A gente fala mais que qualquer geração anterior, mas diz cada vez menos. Estamos apenas gerando ruído. As nossas palavras não têm mais peso, porque são gratuitas demais. Antes, falar exigia esforço. Era preciso escrever uma carta, falar por um telefone grudado a um fio, em um lugar específico, ou encontrar o interlocutor, de forma presencial, lembram? A gente pensava antes de abrir a boca.
Hoje basta digitar, de qualquer lugar, de qualquer jeito. Gravar um áudio, no volante, no cinema, na missa. Ou mandar uma foto, um vídeo. Custo nenhum. Filtro nenhum.
Falar dá menos trabalho que sintetizar, que moldar o conteúdo. Gravamos áudio de 4 minutos para dizer o que caberia em poucas palavras. Jogamos o pensamento “cru” na mente alheia. Deixa que ele filtre, que ele pense, que ele resuma. Terceirizamos a clareza.
E o outro? Finge que ouviu. Coloca o áudio na velocidade 2x, pula uma parte, vai pro final e responde: kkkk.
Ficamos uma tarde sem olhar o WhatsApp, nossa principal fonte de comunicação hoje em dia, e quando olhamos, a bolinha verdinha informa que tem 189 mensagens não lidas naquele grupo importante. Ninguém disse nada, mas todo mundo falou. Meme, corrente, links, opinião sobre notícia que nem leu.
E a gente? Rola tudo rapidamente, sem ler mais da metade do que foi “comunicado” e se sente culpado por “não acompanhar as notícias”.
Nunca tivemos tantos livros e lemos tão pouco. Nunca tivemos tantos meios de comunicação e nos informamos tão pouco. Nunca marcamos, “printamos”, salvamos tanto para consumir depois e esquecemos de ver. Acumulamos palavras como quem acumula bugigangas.
Dá pra fazer diferente: responder aquele áudio com texto, ficar em silêncio quando não tiver nada a dizer, ler algo até o fim antes de comentar. Vamos tentar?
Ah, e se você não aguentou a tentação de comentar esta crônica após ter lido só o título, cuidado, pois propositalmente o título não tem nada a ver com o conteúdo. Mas quem se importa...
Capacitação
Henry Ford, o industrial cujas ideias mudaram muitas coisas no mundo corporativo, disse algo assim, sobre a capacitação de funcionários: só há uma coisa pior do que capacitar colaboradores e eles partirem, é não capacitá-los e eles ficarem.
Chorar
Sempre acho que quando uma pessoa chora, nunca chora apenas pelo que chora, mas sim por todas as coisas pelas quais não chorou em um momento devido.
Mudar
Quando a gente se aceita como é, é justamente aí que a gente se convence de que pode mudar.
Segredo
Nenhum ser humano é capaz de guardar um segredo.
Se a boca cala, falam as pontas dos dedos.
Lançamento
A secretária de Administração de Braço do Norte, Débora Rodrigues, sempre ligada nas novidades do setor, no lançamento de mais uma obra do escritor Jandeson Barbosa.
São josé
As duas turmas do Terceirão do Colégio São José, que se formaram no último sábado na Hangar, em Tubarão, em solenidade presidida pela Irmã Rita Fambömel, numa noite de muita alegria e emoção. Parabéns!
Celebrando
A minha amiga Ivania May, ainda celebrando o aniversário. Parabéns, querida!
Frase solta, que deveria estar presa:
“A vida vai ficando cada vez mais dura perto do topo.”