05 DE OUTUBRO DE 2024
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MILTON ALVES

04/10/2024 06:00

As eleições e o nosso direito

Domingo é dia de votar, e votar, principalmente nas eleições municipais, é fundamental se pretendemos ter alguma influência sobre governantes e legisladores nos próximos quatro anos. O voto é o passaporte para esta interação entre o eleitor e o candidato eleito, nem que seja só para criticar. É, porque tem gente que fica a vida toda criticando a política partidária; trata candidatos e eleitos com desprezo e ofensas; no dia da eleição não aparece para votar e, depois que começa o mandato, vira analista político e guardião da moralidade pública. Não que este que se absteve de votar - na condição de cidadão que paga taxas e impostos - não tenha o direito de querer o melhor para a sua cidade. Óbvio que tem, mas só isto, todavia, não o habilita a analisar ou tecer críticas àqueles que forem escolhidos para governar e legislar. Na minha ótica os omissos perdem o direito de julgar, e neste particular sou bem direto: se não quer participar, tudo bem, só não venha perturbar depois. 

Para ser campeão

Durante a campanha observei certas manifestações de familiares de um candidato a prefeito, meio que dominados pelo perigoso comportamento de soberba, achando que pesquisas garantem eleição e já planejando o futuro. Pelo menos é o que se extrai da frase “na pesquisa estamos bem, agora é batalhar para ser o campeão de votos”. Ok. Mesmo longe de querer me meter nessa disputa, até porque nunca fui candidato e por isso não tenho nada a ver com ela, é preciso alertar essas pessoas, antes mesmo das urnas serem abertas, que para se definir o “campeão de votos” de uma eleição majoritária não se considera o número de votos conquistados, mas sim o percentual alcançado.

Números diferentes

A definição se dá por percentual porque as eleições não são iguais em número de eleitores, já que a tendência é que eles aumentem a cada quatro anos. Não bastasse, ainda tem outro fator interessante: mesmo aumentando o número de eleitores, os votos válidos poderão ser em número menor, pois eles não contabilizam brancos, nulos e abstenções e estes números sempre variam. Na eleição passada de 2020, por exemplo, Tubarão tinha 78.424 eleitores, sendo que só 56.842 foram às urnas, e destes, só 52.045 fizeram o voto válido. A abstenção foi brutal em virtude da pandemia, sendo que os índices de brancos e nulos ficaram dentro da normalidade.

O campeão Joares

Foi nesta eleição, inclusive, que tivemos o grande campeão até agora. Apesar das abstenções e de ter enfrentado outros quatro candidatos (Dr. Cristiano, do MDB, Diego Goulart, do PSL, Fontoura, do PT, e Marcos Brunato, do PSDB), Joares Ponticelli, ao lado de Caio Tokarski, fez 35.023 votos, com incríveis 67,29%. Como não tem pandemia e se espera um número bem maior de eleitores neste ano, tem que chegar a este percentual para virar campeão.

Diário do Sul
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