Um fenômeno que vem passando despercebido é a saturação das redes sociais, não necessariamente de conteúdos e novidades, mas sim do pequeno público de jovens que, silenciosamente, vem deixando de usar as redes sociais, buscando uma vida menos dependente da vida imersa na tecnologia e na necessidade de expor situações cotidianas da vida.
Dentre o público observado, estão os jovens entre 16 e 22 anos, justamente aqueles que já nasceram com a tecnologia inserida no cotidiano e que, de alguma forma, conviveram com ela durante parte de sua adolescência.
Outro público, ainda que de forma parcial, que compartilha das mesmas ações dos jovens estudados é o da terceira idade, que de forma indireta vê o mesmo que os jovens: a de que a vida real e as atividades físicas e do intelecto são mais importantes que o uso de redes que são cada vez mais viciantes e que consomem, para alguns usuários, até oito horas de uso dos computadores e smartphones, dentro das redes sociais.
Inclusive, de alguma forma, a ausência de novidades e novas formas de uso, que revolucionaram a forma de comunicarmos e interagirmos com amigos, e até mesmo com um público desconhecido, cria um cenário que pode em algum momento “cansar” os usuários e haver um abandono. Não de forma definitiva, mas com menos consumo de conteúdo, sendo mais um sinal de saturação do uso das redes sociais.
Mas para o público cativo, as redes sociais vão fazer parte, ao menos por muito tempo, da vida cotidiana, principalmente dos brasileiros, um dos maiores consumidores de conteúdos no mundo.