Chegamos ao dia. De novo. Após um adiamento estratégico, o julgamento do pedido de cassação do senador Jorge Seif (PL-SC) vai ser retomado no Tribunal Superior Eleitoral e com ele se decide parte do futuro político de Santa Catarina. Há basicamente três possibilidades. A primeira, aparentemente pouco provável, é a de absolvição de Seif. Os registros de que a campanha do senador usou a estrutura da Havan em sua campanha são muito fartos. Há dois elementos especialmente escancarados: o envio de e-mails ao mailing da empresa e o transporte de jatinho pelo estado. Deixar por isso mesmo daria margem a um perigosíssimo precedente e o Judiciário não parece disposto a isso. Considerando a possibilidade de condenação, surge com muita força a tese de que seriam anulados apenas os votos de Seif – e não o total. Desta forma, quem assumiria a cadeira catarinense na Câmara Alta seria Raimundo Colombo (PSD), segundo colocado na disputa de 2022. Há ainda quem entenda pela realização de novas eleições, que poderiam até mesmo ser disputadas paralelamente ao pleito municipal deste ano.
Filiações secretas
Desde a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a Justiça Eleitoral deixou de tornar públicas as listas de filiados de cada partido político. Por isso, não é possível saber ao certo a qual sigla uma pessoa está filiada – a menos, claro, que a assinatura da ficha tenha sido tornada pública propositalmente. Há, portanto, espaço para surpresas nas nominatas que serão apresentadas até agosto.
Desistiu
A secretária adjunta de Educação de Santa Catarina, Patrícia Luerdes, desistiu de ser candidata a vice-prefeita de Blumenau, na chapa que será encabeçada pelo deputado Egídio Ferrari, recém-filiado ao PL. A explicação pode ser fartamente encontrada na imprensa local: Patrícia não é vista com bons olhos pelas lideranças do PL municipal por ter se posicionado a favor da vacinação contra a covid-19. Na época da pandemia, ela era secretária de Educação da cidade
Reflexão
Cabe uma reflexão sobre esse assunto: um grande número de lideranças políticas do Estado tem embarcado em discursos antivacina, mesmo cientes de que há mortes sendo construídas por essa narrativa – para usar a palavra da moda da extrema-direita, ainda que muitos sequer entendam o que ela significa. A história mostra que a nuvem de negacionismo passa e as consequências vêm a galope.
Procon
Michele Alves Correa Rabelo é a nova coordenadora do Procon de Santa Catarina. Ela assume o posto que era exercido por Roberto Salum, indiciado por assédio sexual após ser denunciado por uma servidora terceirizada do órgão.
