Este era o título da coluna assinada por Walter Zumblick, irmão de Willy Zumblick, no jornal A Imprensa, de Tubarão.
Homenageando o saudoso escritor, que escreveu, em 1987, o primeiro livro sobre a Ferrovia Tereza Cristina: “Ferrovia Tereza Cristina, A Ferrovia do Carvão,” intitulo este texto.
Oito horas da manhã, da janela do meu quarto, descortino a rua Teodoto Tonon, que logo ali tem seu começo na Avenida Marcolino Martins Cabral.
O que mais chama a atenção são as vinte e sete motocicletas estacionadas em ambos os lados da rua. Muitas são as motonetas e scooters que são pilotadas por mulheres, e o que se nota é que as mesmas também estão ficando ousadas no modo perigoso de conduzi-las, tal como os homens.
Consultando a Delegacia de Polícia Militar, ficamos sabendo que em Tubarão estão registradas cerca de quinhentas motocicletas, e para cá vêm diariamente, de municípios vizinhos.
Outra coisa que surpreende é a beleza e a variedade e as lindas cores dos modernos automóveis, que também povoam os meios-fios.
A cafeteria da esquina já está abrindo e o cheirinho de café nos dá a vontade de tomar um.
Casais de idosos podem ser vistos fazendo a sua saudável caminhada matinal e alguns têm problemas com os motoristas “zé(s) correria”, que não respeitam as faixas de pedestres.
Este é o espetáculo que posso ver, pela manhã, da minha janela.