O mundo amanheceu mais silencioso.
Agora, definitivamente, com o enterro de Ozzy Osbourne, em sua cidade natal, em Birmingham, Inglaterra. A estridente que ecoava entre revoluções calou-se — mas não se apagou. Ozzy, o eterno Príncipe das Trevas, partiu. E, com ele, leva uma era inteira. Uma era de ousadia, irreverência e, acima de tudo, autenticidade. Incompreendido por muitos, ele nunca buscou explicações. Vivia. E isso bastava. Com seus excessos, excentricidades e coração escancarado, Ozzy se tornou símbolo de uma geração — e farol para tantas outras. Seu palco era templo, sua vida um grito em forma de liberdade. E, paradoxalmente, foi nas trevas que ele iluminou milhares de almas. Diante de sua obra, está incutida em mim uma certeza: sua estética sombria, os crucifixos, o olhar insano, a aura provocadora — tudo era linguagem. Uma forma de ser reconhecido por quem mais precisava dele: os silenciados, esquecidos. E a eles, ele estendeu a mão — não para julgar, mas para incluir. Sua sombra abrigava. Sua escuridão oferecia repouso. Só quem esteve nas sombras sabe como alcançá-las. E Ozzy, com toda a sua loucura sagrada, vestiu a roupagem das trevas para resgatar almas. E as resgatou.
Ele amava as pessoas — mesmo que do seu jeito torto, roqueiro, visceral. Em “Crazy Train”, gritava contra o ódio e clamava por mais amor. “I’m going off the rails on a crazy train”, dizia ele, como quem avisa: a loucura não é o problema — o problema é o mundo sem empatia. Já em “War Pigs”, enfrentava os senhores da guerra e denunciava as atrocidades cometidas pela humanidade contra si mesma. Ozzy sempre foi pelo fim das guerras. Ele cantava com dor, mas também com esperança.
Dentro do lar, era apenas Ozzy — o pai amoroso, o avô carinhoso, a fortaleza para Sharon. No mundo, era lenda — mas nunca deixou de ser homem. E, em seu último ato de grandeza, doou cerca de 190 milhões de dólares para hospitais infantis e para a causa da pesquisa e tratamento do Parkinson, a doença com a qual convivia com dignidade e resiliência. Quanta ironia para aqueles que o julgavam como um ser maligno.
Ozzy nunca precisou ser canonizado para ser santo, e nunca fez questão de ser. Sua religião era a música; sua prece, o amor em forma de caos. Hoje, enquanto o mundo lamenta sua partida, o céu talvez o receba com espanto e festa — aquele que por tanto tempo se fez sombra para alcançar os que viviam nela. Aquele que, sob a máscara de trevas, sempre foi feito de luz. Descanse, Ozzy. Você não será esquecido. Porque lendas, mesmo mortas, continuam ecoando. E a sua voz ainda ressoa — rouca, selvagem e de eterna curiosidade.
Ozzy carregava em seu íntimo uma sensibilidade que poucos imaginam. Entre os muitos animais que resgatava e acolhia com carinho, um tinha um espaço especial em seu coração: seu cachorrinho Rocky. A ligação entre os dois era profunda e afetuosa. Quando o pequeno se foi, em 2024, Ozzy mergulhou em um luto silencioso e tocante, revelando um lado doce e vulnerável do ícone do heavy metal. Sua dor pela perda do cãozinho mostrou que, por trás dos palcos explosivos, pulsa um coração imensamente sensível, que se comove com a vida em suas formas mais puras e fiéis.
Fica aqui a homenagem de um grande fã do ser humano John Michael Osbourne.
Virtuoso casal!
O querido casal Simone Medeiros Scarduelli e Michel Prudencio é destaque em nossa coluna de hoje. Ela, sempre bela, doce e elegante, celebrou seu aniversário nesta semana e recebe todo o nosso carinho e votos de felicidades.!
Felicitações
O engenheiro Antônio Mendes Gazola aniversariou no dia 17 e recebe nossas felicitações.
Michele & José
A bela Michele Oliveira celebrou seu aniversário recentemente e posa ao lado do esposo, José Eduardo, em um registro repleto de sintonia. Felicidades ao casal!
‘‘É louco! Mas é assim que as coisas são. Milhões de pessoas vivendo como inimigas. Talvez não seja tarde demais para aprender a amar e se esquecer de como odiar.”