“Não vamos fazer oposição apenas para mostrar ao eleitor que somos do contra. Isso não nos leva a nada, pois no fundo todos torcemos por Tubarão, para que as coisas deem certo. Quando necessário marcamos posição, fiscalizando ou sustentando nossas ideias, mas em linha geral penso ser melhor nos primeiros meses apoiarmos aquilo que for bom para a cidade e sua população. É preciso que se dê uma trégua para que o novo governo possa tomar fôlego e começar a mostrar serviço”. Quem pensa assim, pelo menos deixou transparecer numa longa entrevista que nos concedeu, é o deputado Pepê Collaço (Progressistas), se referindo ao posicionamento do seu partido em relação ao futuro governo de Estêner Soratto (PL) e Denis Matiola (PSD).
Os vereadores e o estado
Pepê ressaltou, porém, a questão dos três vereadores, deixando claro que a eles cabe, pela experiência que têm e pela autonomia que o partido lhes concede, agir da forma que melhor lhes convier, mas admite que tem conversado com os mesmos no sentido de que ajam com sensatez e espírito de cooperação, pelo menos neste primeiro momento, como ele próprio pretende fazer. Na verdade, o deputado busca, aqui em Tubarão, uma convivência opositora entre PL e PP, mas harmoniosa e respeitável de forma que não atrapalhe o projeto estadual, no qual o partido está integrado.
A barra do Camacho
Em defesa de um movimento que tem ganhado corpo a partir dos constantes alertas do ex-prefeito do município de Jaguaruna, Claudemir Souza dos Santos, e do vereador Laudir Vargas (Di), o deputado estadual Volnei Weber (MDB) conseguiu uma audiência com o secretário de Estado de Infraestrutura, Jerry Comper, onde se tratou sobre a necessidade imediata e urgente da manutenção da dragagem e desassoreamento da Barra do Camacho, obra que ganhou evidência e grande investimento pelas mãos do ex-governador Carlos Moisés, mas que agora parece novamente abandonada.
A Barra do Camacho II
O parlamentar fez ver ao secretário Comper que a não manutenção dos serviços de dragagem do canal prejudica os pescadores locais, pois o acúmulo de areia impede que os peixes entrem lagoa adentro. Além disso, aquela ligação lagoa/mar é fundamental para a economia da região, pois, além de ser importante para o turismo, é também utilizada para o escoamento das águas da chuva. Em suma: manter o canal aberto é essencial para a contenção de cheias nas bacias dos rios Tubarão e Congonhas, além de revitalizar as lagoas, beneficiando duas mil famílias de pescadores de Jaguaruna e Laguna. Manter o canal aberto também serve para acabar com o estigma de que os governantes deixam o mar assorear para, mais a frente, negociarem grandes e caros projetos de dragagem. Não quero acreditar que isto seja verdade, mas que o relaxamento de parte desta gente existe, existe. Disto não há dúvidas.