A onda de extrema direita que toma a política em todo o mundo provocou alguns fenômenos estranhos. Um deles é a transformação de assuntos absolutamente corriqueiros até então em temas espinhosos, daqueles que têm potencial de desagregar um almoço de aniversário familiar. Mas é necessário refletir. Por que raios estamos vivendo uma crise na nossa secular história de sucesso da vacinação no Brasil? O pico de doenças respiratórias está trazendo a superlotação de hospitais em todo o Brasil e também em Santa Catarina. Passou o tempo em que dar um troféu era o suficiente para manter as crianças imunizadas. Hoje é preciso convencer os pais delas de que há canais do YouTube faturando alto com essa propagação de notícias falsas. De que muito político deve seu mandato à ideia de que quem se vacina pode virar jacaré. Será que precisamos esperar que algo ainda pior aconteça? Ou poderemos nos considerar vacinados contra fake news em breve?
Menos partidos
Algumas mudanças pontuais na legislação eleitoral estão, gradativamente, trazendo a redução do número de partidos políticos no Brasil. A federação União Progressista uniu PP e União Brasil, e já se fala em outras, como uma união entre MDB e Republicanos e outra juntando PDT e PSB. É um avanço notável em um país que tem um sistema eleitoral caótico como o nosso.
Redragagem do Rio Tubarão
Quando passou por Tubarão, Jorginho Mello deu uma entrevista muito interessante à Rádio Tubá. Questionado por Bruno Vandresen sobre o compromisso com a redragem do Rio Tubarão, o governador fez o que sabe bem: um contorno retórico que terminou em lugar nenhum. Nesta semana se revelou o que já podia ser subentendido: não esperem esse aporte da gestão estadual. As prioridades são outras, sejam quais forem.
A fraude do INSS
A revelada fraude no INSS, com denúncias de descontos criminosos em aposentadorias, tende a ser pauta por meses. Governo e oposição vão tentar atribuir ao seu oponente o ônus de um esquema iniciado no governo Bolsonaro e revelado há poucos dias.