Terça-feira, 18 de março de 2025
Fechar [x]

MATHEUS MADEIRA

28/02/2025 06:00

Quando o TikTok assume o governo

Há muitos profissionais de comunicação se especializando em mídias sociais. Eles estudam e sabem muito sobre como viralizar um conteúdo, despertar emoções nas pessoas e transformar tudo isso em o que se convencionou chamar de “conversão” – que pode significar vendas ou mesmo relevância. Não há nada de errado nisso, muito pelo contrário. O problema é quando a política se curva a isso e permite que os algoritmos determinem como governar uma cidade, um estado ou um país. 
Um exemplo claro: qualquer pessoa familiarizada com gestão pública sabe que a política do “prende e arrebenta” é um desastre social. Porém é um sucesso no Tiktok. Muitos governadores correm atrás do tal engajamento e resolvem defender a repressão policial a qualquer custo como forma de ganhar popularidade. As pesquisas confirmam que a lorota “bandido bom é bandido morto” não rende apenas likes, mas intenção de voto também. 
Um círculo vicioso vai se formando em que os políticos, eleitos para solucionar os problemas da sociedade, terceirizam suas decisões ao sabor das métricas das redes sociais. O resultado está aí: pessoas baleadas pelo simples fato de serem pretas e pobres. Discutir segurança pública com seriedade e profundidade se tornou um fator de impopularidade, reforçada diante de políticos covardes. Vale a pena bombar nas redes assim?

Orando pelo semelhante
Diz a Bíblia, em 1 Timóteo 2: “Devemos orar por todas as pessoas, especialmente por aqueles que governam e pelas autoridades”. Deveria ser o suficiente para provocar uma imensa corrente de oração pelo Papa Francisco. Aos 88 anos, a maior autoridade da Igreja Católica vive um momento delicado de saúde e, inacreditavelmente, tem enfrentado uma campanha de ódio nas redes sociais. Muitas das pessoas têm símbolos do cristianismo nos perfis. Dá para entender?

A grande aposta
Todo o meio político tomou conhecimento de uma pesquisa de intenção de voto para 2026 em que João Rodrigues (PSD) apareceria em um patamar muito competitivo em relação a Jorginho Mello (PL), que vai buscar a reeleição. Os dados teriam reforçado a impressão de que o prefeito de Chapecó não está disposto a desistir. Daí a pressa de Jorginho de fechar com o MDB.

Diário do Sul
Demand Tecnologia

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a nossa Política de Privacidade. FECHAR