O acusado da morte da modelo Isadora Viana Costa, de 22 anos, será submetido a júri popular, ainda sem data definida. O oficial de cartório de 36 anos é investigado por homicídio qualificado (feminicídio), crime de fraude processual e posse ilegal de uma mira laser para uso em arma de fogo.
A decisão é do juiz Welton Rübenich, da 2ª Vara da comarca de Imbituba. Como o homem tem habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ele tem o direito de recorrer em liberdade.
O oficial de cartório foi preso em 17 de julho, mas em novembro do ano passado conseguiu um habeas corpus junto ao STF e foi solto no dia 29 do mesmo mês. Uma amiga de acusado, de 29 anos, também é investigada no processo. Ela foi denunciada pelo Ministério Público Estadual por fraude processual, pois teria ajudado o acusado a alterar a cena do crime, lavando lençóis e outros objetos que poderiam conter vestígios para o trabalho de análise pericial.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime aconteceu em maio de 2018, quando o casal fazia uso de álcool e drogas e, por um momento, a jovem acreditou que o réu estivesse passando mal. Ela, então, chamou a irmã do acusado, que foi até a residência acompanhada do noivo, os quais, após arrombarem a porta do quarto do réu, viram que ele estava bem.
O oficial de cartório estaria tentando esconder dos familiares seu vício em drogas e, após a irmã e o noivo saírem do local, teve um ataque de fúria e investiu contra a jovem, desferindo-lhe diversos golpes. Segundo o médico legista, ela apresentava lesões compatíveis com múltiplas joelhadas, socos e chutes, tendo como causa da morte trauma abdominal.